quarta-feira, maio 30, 2012


“Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. 
Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado.
Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. 
Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. 
Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique. 
Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. 
Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. 
Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. 
É um risco. 
Eu pulo, se você me der a mão.” 
(Caio F)

segunda-feira, maio 28, 2012

"…Vamos jogar aberto. A culpa é minha.
Eu dei meu coração. Eu criei expectativas.
Então, com sua licença.
A culpa é minha.
Minha culpa.
Minha feia culpa que é minha e de mais ninguém.
Minha culpa de sete pontas.
Minha culpa que me faz olhar a vida e me sentir personagem principal de uma página triste. E não é só triste.
É uma culpa boa. Porque também me faz exercitar um sentimento maior (e mais brilhante que o mundo): o perdão.
Se eu pudesse escolher um verbo hoje, eu escolheria perdoar. Assim, conjugado na primeira pessoa, com objeto direto e ponto final: eu me perdôo.
Não, eu não te perdôo porque não tenho porque te perdoar.
Tenho que perdoar a mim.
A mim, que me ferrei. Me iludi. Me fudi. Me refiz. Me encantei.
A culpa é minha.
Minhas e das minhas expectativas.
Minha e das minhas lamentáveis escolhas.
Minha e do meu coração lerdo.
Minha e da minha imaginação pra lá de maluca.
Então, com sua licença, deixe eu e minha culpa em paz.
Eu e meu delicioso perdão por mim mesma.
Eu só te peço uma coisa.
Pare de culpar a vida.
Pare de ter pena de você.
Se assuma.
Se aceite.
Se culpe.
Se estrepe.
Se mate.
Mas se perdoe.
Pelo amor de Deus, se perdoe.”

(Fernanda Mello)