sexta-feira, novembro 02, 2012

"Você pode encontrar muita gente pelo caminho. 
Muitas enganações, muitas promessas, muitos beijos, muitos corpos e corações. 
Mas a gente sente quando ele, o amor, chega pra ficar. 
Você sente pela sensação de conforto que ele oferece. Pela calma. Pela paz. 
Por ajeitar tudo lá dentro do peito (…) 
O amor arruma tudo. O amor faz uma faxina emocional. O amor deixa tudo limpo, novo, claro (…) 
O amor traz segurança, tranquilidade. 
O amor é sereno. (…) 
O amor tem o mesmo efeito de um abraço bem longo e apertado. 
Ele te deixa com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. 
É que amar é ter os pés no chão. 
Olhar para a frente junto com o outro. 
Amor é realidade, dia a dia, dificuldade. 
Amar é vencer uma batalha todo santo dia. Porque não é fácil conviver com alguém. 
Não é fácil dizer olha, te entrego meu coração, meu sentimento, minha emoção. 
Olha, cuida bem de mim. Cuida do que eu sinto. 
A gente tem que baixar a guarda, engolir o orgulho, se deixar levar.
Se perder para se encontrar. 
O amor é um encontro. De você com você mesmo. 
Amar é se ver nos olhos do outro. Mesmo que ele esteja com os olhos fechados."

(Clarissa Corrêa)

quarta-feira, outubro 31, 2012

Certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas a tenda do velho feiticeiro da tribo:
-Nos nos amamos e vamos nos casar. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho ou um talismã que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho emocionado ao ve-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
-Tem uma coisa a ser feita. Mas é uma tarefa muito dificil e sacrificada. Tu, Touro bravo, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia e apenas com uma rede em tuas mãos, deves caçar o Falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, ate o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Nuvem Azul, - (Continuou o feiticeiro) deves escalar a montanha do trono; lá em cima encontrará a mais brava das Águias. E somente com tuas mãos e uma rede deverá apanhá-la, trazendo-a para mim viva!
Os jovens abraçaram-se com tern
ura e logo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia estabelecido, á frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu que com cuidado as tirassem dos sacos e viu que eram verdadeiramente e formosos exemplares.
-E agora, o que fazemos? O jovem perguntou; As matamos e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou cozinhamos e comemos o valor de sua carne? Propôs a jovem...
- Não, Disse o feiticeiro: - Apanhem as aves a amarrem uma a outra pelas patas com essa fita de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres. O guerreiro a e jovem fizeram o que lhes fora ordenado, Soltaram os pássaros. A Águia e o Falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade de vôo, as aves arremessavam-se entre si. Bicando-se até se machucar!
E o velho disse: - Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a ÁGUIA e o FALCÃO.
Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor; não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde, começaram a machucar um ao outro... Se quiserem que o amor de vocês perdure voem juntos, mas jamais amarrados.