sexta-feira, janeiro 04, 2013

A melhor versão de nós mesmos

Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. 
Outros são limitantes e inférteis. 
Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? 
Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são.
 E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. 
Qual a versão que prevalece? A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. 
Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
 Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida? 
Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos? Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas? 
Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela? 
Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas? 
Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”? 
Que reações imprevistas seu amor desperta em você? 
Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. 
Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.
O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. 
O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.

Martha Medeiros

quinta-feira, janeiro 03, 2013

"Relacionamentos acontecem. 
Você não precisa força-lo , tampouco apressá-lo. Pessoas ficam juntas porque querem, no momento em que decidem.
"Querer" já é muito e elimina algumas coisas. 
Seja responsável por você: seus pensamentos, sentimentos e atos. 
Não se sinta na obrigação de corresponder as expectativas do outro a todo momento. Ele as criou. 
Não o obrigue a corresponder as suas expectativas a todo momento. Você as criou. 
Amor, atenção e carinho não se cobram. Não estejam e não queiram estar presentes um na vida do outro o tempo todo. Ninguém nasce com duas sombras. 
Vocês não precisam checar os celulares, redes sociais e ter acesso aos e-mails pessoais. Quem inventou essa loucura? Conversem sobre tudo, mas respeitem o ponto de vista um do outro (e até mesmo o considere). Lembre-se, foi o jeito como ele é que te atraiu em primeiro momento. É sempre bom ter suas coisas pra fazer. Hoje se ele quiser vai sair só com os amigos e tudo bem. 
É importante que saiba se divertir com ou sem ele. 
Namoro não é casamento. 
Briguem por motivos reais, tenham ciúmes por motivos reais. 
Você tem um passado. Ele tem passado. Ciúmes do passado, por exemplo, é irreal. Antes de você existir na vida dele, ele já existia. Que bom que você chegou, mas isso não o fez nascer de novo. 
Você tem seus segredos, ele tem os dele. Respeitem-se. 
Isso tudo não quer dizer que vocês se gostam pouco. 
Isso vai fazer com que vocês se gostam mais."