quarta-feira, maio 31, 2006

30ª Aula (25/05/06)


Bom, cheguei um pouquinho atrasada nessa aula, mas o quando cheguei, ele fala de cordialidade.
Cordialidade não é necessariamente algo bom, não é apenas uma questão de etiqueta, de ser gentil e educado. Cordialidade vai muito alem disso. Aqui no Brasil, a impossibilidade que se tem em se desvincular dos laços familiares a partir do momento que esse se torna um cidadão, gera o “homem cordial”.
É a partir daí que começa nascer o nepotismo, o não desenvolvimento das empresas.
Porque nós achamos que podemos misturar, emprego e amizade, e acaba acontecendo que as empresas não crescem, pois o patrão que é amigo do funcionário, não se sente à vontade e nem no seu direito de cobrar melhoras e mais serviços. Os empregados que são amigos entre si, perdem horas de trabalho conversando sobre assuntos que não diz respeito ao seu serviço, entre muito outros fatores.
O Brasil é uma sociedade onde o Estado é apropriado pela família, os homens públicos são formados no círculo doméstico, onde laços sentimentais e familiares são transportados para o ambiente do Estado, é o homem que tem o coração (cordis = coração) como intermédio de suas relações, ao mesmo tempo em que tem muito medo de ficar sozinho.
O nepotismo acontece porque nós nos sentimos no direito e na obrigação de levarmos pessoas próximas, parentes para trabalhar conosco, na ilusão de um maior desenvolvimento, e de maior confiança.
Só que tudo isso, nós herdamos de varias gerações passadas, então é muito difícil e complicado conseguir reverter esse quadro. Enquanto isso teremos que aprender viver e lidar com essas situações.
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Até a próxima!!

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